Cenoura ou chicote funcionam como motivação?

Você ou sua empresa ainda acredita que seus funcionários precisam de cenoura ou chicote para realizar o seu trabalho? Que pena! Esse é um conceito totalmente ultrapassado. A maioria das empresas ainda não reconhece o que a ciência vem mostrando há algum tempo e desconsideram por completo a nova forma de enxergar e lidar com a motivação.

Mas, vamos começar do início…

Nos primórdios dos tempos o ser humano tinha como prioridade quase que única e exclusiva a sobrevivência, a satisfação de seus impulsos biológicos: fome, sede e sexo. Esses eram os fatores que o motivavam a fazer suas atividades; podemos chamá-los de Motivação 1.0.

Com o tempo e a evolução, constata-se que os seres humanos são mais que a soma de nossos desejos e necessidades biológicas.

A Revolução Industrial gerou a administração científica, para quem os trabalhadores eram peças de máquinas. A premissa era “o trabalho consiste de tarefas simples não interessantes e, portanto, o único meio de fazer com que as pessoas realizem essas tarefas é incentivá-las e monitorá-las de perto com recompensas e punições externas: as motivações extrínsecas”. O trabalho, neste enfoque, não é algo agradável e, portanto, o ser humano precisa de “cenoura” ou “chicote” para realizá-lo. Exemplos: você ganhará um bônus de X, desde que faça Y; você será descontado, se não chegar no horário. É a chamada Motivação 2.0. Essa visão prioriza a obediência e pode funcionar para tarefas rotineiras, baseadas em regras.

A partir de meados do século XX, alguns cientistas começaram a descobrir, através de estudos e experimentos, que temos um terceiro impulso: a motivação intrínseca. E mais, que recompensas podem realizar um tipo estranho de alquimia comportamental: transformar uma tarefa interessante num fardo, ou transformar brincadeira em trabalho.

Com as mudanças do mundo atual, transformação digital, robótica, revoluções exponenciais, inteligência artificial e outras, o âmago do trabalho vem mudando: as atividades não são mais simples e repetitivas e cada vez mais a cenoura e o chicote não servem de incentivo. Neste contexto, surge a Motivação 3.0. Ela reconhece ser a motivação interna ao indivíduo, existindo satisfação inerente à atividade em si e priorizando o engajamento. Quanto menos rotineiro e mais criativo for o trabalho, melhor! Foca em três elementos básicos:

  • Autonomia: os seres humanos querem ter liberdade para executar suas tarefas da melhor forma possível. O gerenciamento de indivíduos é um conceito ultrapassado. A motivação 3.0 parte da premissa que as pessoas querem executar algo bom e querem ser responsáveis.
  • Excelência: O indivíduo quer tornar-se sempre melhor em algo relevante. Requer esforço, determinação e prática deliberada. É impossível de alcançar excelência plenamente, o que a torna ao mesmo tempo frustrante e sedutora.
  • Propósito: trata-se da busca por uma causa maior e mais duradoura do que o próprio ser humano.

Esse mindset se aplica às artes, às ciências, mas comprovadamente também aos negócios. É uma nova forma de ver o ser humano e os impulsos para realização de suas atividades. Para maior aprofundamento, recomendo o livro “Motivação 3.0” de Daniel Pink.

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