Você sabe o seu porquê?

De uma maneira simplista, podemos dizer que o objetivo maior do ser humano é ser feliz. Mas, a definição de felicidade é diferente para cada um, dependendo se seu propósito.

Estudos mostram que a maioria das pessoas não estão no emprego dos seus sonhos. Isto ocorre, na maioria das vezes, porque o trabalho é encarado como uma atividade sem “glamour”, sem significado em si mesmo, é mais um dever que um prazer. Se mais gente soubesse construir organizações que inspiram, poderíamos viver em um mundo no qual as estatísticas indicassem que a maioria das pessoas acordam felizes para ir ao trabalho e, portanto, são profissionais mais produtivos e mais criativos, voltando para casa mais felizes e influenciando sua família a ser mais feliz; além disso, tratariam melhor os colegas, clientes e consumidores, fazendo-os também mais propícios à felicidade.

Segundo Simon Sinek, em seu livro “Comece pelo Porquê”, funcionários inspirados contribuem para companhias mais fortes e economias mais robustas.

Os seres humanos desejam agregar valor e ter sucesso. Quando encontram motivos inspiracionais, podem fazer as mesmas atividades, mas com um ânimo novo. É bastante conhecida a história de dois pedreiros que trabalhavam na construção de uma enorme parede de tijolos; ao serem questionados sobre como se sentiam ao fazer essa atividade, o primeiro respondeu:  é muito cansativa e monótona, eu passo o dia inteiro carregando, empilhando e assentando tijolos, não vejo a hora de chegar ao final de cada dia para poder descansar e ao final da semana para receber meu pagamento. O segundo pedreiro respondeu à mesma pergunta: a atividade é bem cansativa, mas vale a pena, não vejo a hora ver a catedral finalizada. Qual dos dois homens é mais feliz?

Organizações e lideranças que entendam essa diferença são mais produtivas. Inspirar pessoas pode ser difícil, mas dá resultado. Isto serve para empregados, clientes ou quaisquer outros tipos de interlocutores.

Simon Sinek propõe a utilização do “círculo dourado” para entender a forma de atuação das organizações. Trata-se da resposta às perguntas: O quê, Como e Por quê:

O CÍRCULO DOURADO

  • O quê: trata-se dos produtos ou serviços que a empresa faz ou a função do cargo que o profissional desempenha dentro deste contexto. “O quê” é fácil de identificar.
  • Como: trata-se do modo pelo qual alguma coisa é feita; não tão óbvio quanto “o quê”, são fatores diferenciadores ou motivadores em uma decisão.
  • Por quê: trata-se do propósito pelo qual se faz alguma coisa. É uma pergunta muito mais difícil de responder e para a qual a maioria nem tem a resposta. Não se trata de ter lucro ou ganhar dinheiro, pois essa é a consequência e não a origem. Por que sua companhia existe? Por que você sai da cama toda manhã? Por que alguém deveria se importar?

Quando a maioria das organizações ou pessoas pensa, age ou se comunica, elas o fazem de fora para dentro do círculo dourado, priorizando o “O quê”, justamente por ser mais claro. Todos sabem dizer o que fazem, às vezes, como fazem, mas raramente porquê fazem o que fazem. Mas, as companhias e os líderes inspirados pensam, agem e se comunicam de dentro para fora: começam pelo Por quê.

Vamos dar um exemplo para tangibilizar essa teoria. Imagine uma empresa que quer anunciar um novo tipo de gravador digital. A maioria falaria algo como: “Esse é o novo (nome do superproduto!), ele pausa TV ao vivo, pula comerciais, grava os seus programas favoritos e mais! Ele consegue aprender sobre o que você gosta e gravar programas similares sem que você tenha que pedir!” Então, interessados? Muitos consumidores se interessariam, mas muitos passariam direto. Agora veja essa nova possibilidade de texto: “Você gosta de ter controle de tudo o que faz? Quer ter a liberdade de assistir aos seus programas de TV favoritos a qualquer momento? Quer pular comerciais chatos? E tudo isso de uma maneira simples e intuitiva? Nós temos a resposta! Esse é o (nome do produto superincrível)! Ele pausa TV ao vivo, grava todos os seus shows favoritos sem você ter que pedir e pula os intervalos comerciais!”. Bem melhor, não? Repare então que no segundo exemplo, o texto percorre o círculo de dentro para fora, explicando primeiro a razão do aparelho em si, passando pelo como e apenas no fim pelos recursos e o que ele faz. É justamente essa diferença que, segundo o autor, inspira as pessoas e as ajuda a tomarem uma atitude, a agir. Simon apresenta esse modo de se comunicar como o oposto do que ele chama de incentivos ou manipulações (que nada mais são que as promoções, ofertas, descontos, bônus aos funcionários etc.).

Um porquê é apenas uma crença. Os “comos” são as ações que você empreende para realizar essa crença. E os “o quês” são o resultado dessas ações – tudo o que você diz e faz: produtos, serviços, cultura e quem você contrata. E todas essas coisas devem ser consistentes. Esse é o motivo pelo qual devemos começar pelo porquê; é ele que rege o como e o quê; sem essa coerência, as pessoas não comprarão seu discurso, não aceitarão sua influência e não verão autenticidade em você.

“As pessoas não compram o que você faz, elas compram o por que você faz” – Simon Sinek

Organizações ou pessoas podem viver e ter sucesso não fundamentados em seu porquê. Na verdade, essa é a realidade da maioria delas em nosso mundo. Mas, aquelas que conseguem inspirar, agregar valor, elevar o patamar, inovar radicalmente, essas se baseiam no porquê. Um dos exemplos é a Apple – ano após ano essa é uma empresa que tem milhões de “seguidores”, que existem porque se engajaram no seu propósito: desafiar o status quo.  Desta forma, existem filas para comprar seus produtos logo no lançamento, não pelo produto em si, mas pelo que ele significa para quem o possui.

Como já deve ter ficado óbvio, o círculo dourado foi criado para explicar organizações, sua forma de comunicação com seu público. Mas, pode ser aplicado a indivíduos, tanto na influência em sua performance quando existem lideranças inspiradoras, como na vida pessoal cotidiana, quando o próprio indivíduo descobre o seu porquê. 

Qual sua motivação? O que o faz levantar feliz numa segunda feira de manhã para ir trabalhar? Quanta coerência existe entre suas crenças e suas ações? As respostas se baseiam no seu propósito, no seu porquê: eis a base das pessoas realmente felizes. A identificação do seu propósito não é um processo fácil, pois necessita autoconhecimento apurado a partir de muitos auto questionamentos.

Quer se conhecer melhor para identificar o seu propósito?

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