Qual a principal característica dos melhores líderes?

Muito se fala em quais competências caracterizam o bom líder. Não existe uma fórmula para isso, pois na prática encontramos líderes de sucesso com estilos pessoais variados. Mais do que isso, situações diferentes exigem tipos diferentes de liderança, há momentos em que uma autoridade mais severa é necessária, enquanto em outros o que se precisa é um perfil mais conciliador. Por exemplo: num processo de fusão, um negociador sensível deverá agregar mais valor na condução do negócio; uma empresa que passa por mudanças radicais pode precisar de uma autoridade mais enérgica.

Segundo Daniel Goleman, psicólogo norte-americano, professor, PhD pela Universidade de Harvard, existe, porém, um ponto em comum entre os líderes mais eficazes: a inteligência emocional, ou seja, eles possuem um alto QE (quociente de inteligência emocional). Não é que o QI (quociente de inteligência) e as competências técnicas (hard skills) sejam irrelevantes; eles possuem valor, mas como “qualidades iniciais”, pré-requisitos no início da carreira do executivo. Em suas pesquisas, o autor constatou que a inteligência emocional, porém, é condição imprescindível para uma boa liderança. Mesmo com a melhor formação acadêmica, uma mente analítica, alta criatividade gerando ideias brilhantes, se não houver inteligência emocional, não teremos um grande líder, pois liderar implica necessariamente em saber lidar com gente.

O que é essa tão citada competência e como identificá-la nos outros e em nós mesmos? Já indico de antemão o livro “Inteligência Emocional” do referido autor, que é o best-seller mais famoso sobre o assunto.

Em seus estudos, Goleman analisou modelos de competência de 188 empresas visando identificar aqueles determinantes a um excelente desempenho profissional. Para isso, agrupou as capacidades em 3 categorias: habilidades estritamente técnicas (como contabilidade e planejamento de negócios), habilidades cognitivas (como raciocínio analítico) e competências que revelam inteligência emocional (como capacidade de trabalhar em equipe e eficácia em liderar mudanças). O resultado foi que o intelecto era o motor do desempenho de alto nível e as habilidades cognitivas, como percepção do quadro geral e visão de longo prazo também eram fundamentais. No entanto, a inteligência emocional provou ser duas vezes mais importante em todos os níveis hierárquicos e teve sua influência aumentada quanto mais alto nível era o cargo.

Sabemos que, durante anos, especialistas discutiram se líderes bons já nascem feitos ou podem ser treinados para isso. Segundo Goleman, pesquisas científicas sugerem haver um componente genético na inteligência emocional, enquanto estudos desenvolvimentistas e psicológicos indicam a criação com um papel importante. Não é possível quantificar a contribuição de cada um, mas a pesquisa e a prática provam que a inteligência emocional pode ser aprendida. Não é um processo simples, exigindo esforço e dedicação, pois envolve abandonar antigos hábitos e adquirir novos.  Para o desenvolvimento da inteligência emocional é necessário focarmos em cada um de seus componentes, que são: autoconhecimento, autocontrole, motivação, empatia e destreza social.

O autoconhecimento é a habilidade de reconhecer e entender seu próprio estado de espírito, suas emoções e iniciativas e o impacto que esses fatores causam nos outros. Caracterizam esse elemento: autoconfiança, auto visão realista, auto senso de humor, ou seja, rir de si próprio (é isso mesmo, uma das características do autoconhecimento é ter senso de humor autodepreciativo). Profissionais com autoconhecimento elevado têm consciência de seus pontos fortes e suas limitações (não se constrangendo com elas) e valorizam críticas construtivas. Já as pessoas com baixo autoconhecimento interpretam a mensagem de que precisam melhorar como ameaça ou sinal de fracasso.

O autocontrole é a capacidade de regular ou redirecionar impulsos e estados de ânimo problemáticos. Trata-se da propensão a evitar julgamentos precipitados, pensando antes de agir. Suas características principais são: confiabilidade e integridade, tranquilidade diante da ambiguidade, abertura para mudanças. Nossas emoções são estimuladas por impulsos biológicos e, assim sendo, não podemos ignorá-las, mas podemos administrá-las.  A pessoa que pratica essa reflexão interior está sujeita a sentir mau humor e ter impulsos emotivos como qualquer outra, mas encontra formas de se controlar e até canalizar os sentimentos de forma mais proveitosa.

A motivação é a disposição para perseguir metas com energia e empenho. Reflete-se na paixão pelo trabalho originada por algo que transcende salário e status. São suas características: ímpeto para a realização, otimismo mesmo diante do fracasso, comprometimento organizacional. O líder que possui essa faceta procura desafios criativos, adora aprender e se orgulha de um trabalho bem-feito. Além disso, sabe formar equipes engajadas, pois transmite sua inspiração aos demais.

A empatia é a capacidade de entender a estrutura emocional de outras pessoas e a habilidade de tratar os outros de acordo com suas reações emocionais. Suas principais características são: ter expertise em formar e reter talentos, sensibilidade para diferenças culturais, dedicação aos clientes. Ter empatia não significa ser sentimentalista nem tentar agradar a todos. Em um líder, significa estar atendo aos sentimentos e pontos de vista dos funcionários no processo de tomada de decisões.

A destreza social é a habilidade de administrar relações e construir redes de relacionamento. Demonstra-se pela capacidade de encontrar um denominador comum num vínculo e estabelecer uma relação de confiança. São suas características marcantes: a eficácia em liderar mudanças, o poder de persuasão e a expertise em formar e liderar equipes.

Liderança é a capacidade de motivar, influenciar, inspirar e comandar um grupo de pessoas a fim de atingir objetivos. Como liderar envolve pessoas, é natural que a habilidade em saber lidar com elas seja fundamental. Desta forma, ter inteligência emocional neste contexto auxilia no desempenho da equipe, tornando-a mais eficaz.

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