O que é preciso para você ser feliz?
Todos procuramos a felicidade na vida. Mas, por incrível que pareça, muitas vezes é difícil defini-la e, portanto, estabelecer as ações para atingi-la. Nesse momento de início de um novo ano, seria importante ter claros alguns objetivos que gostaríamos de atingir pois, podem crer, a vida é como um projeto, deve ser planejada e acompanhada, tudo isso sem eliminar as imprevisibilidades que por certo irão acontecer para o bem e para o mal.
Para chegarmos mais perto dessa tal felicidade devemos pensar nas metas de evolução pessoal divididas em desenvolvimento físico, mental e espiritual. O insight para essa discussão ocorreu-me lendo o livro “Você Aguenta ser Feliz?” de Arthur Guerra e Nizan Guanaes, o qual recomendo. Guerra é psiquiatra, doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e livre-docente pelo Departamento de Psiquiatria da FMUSP; foi presidente do Internacional Councilk on Alcohol and Addictions (ICAA) de 2014 a 2017; coordena o GREA, Programa do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria da FMUSP, e o Programa de Redenção da Prefeitura Municipal de São Paulo. Guanaes é CEO da N Ideias e estrategista de comunicação de algumas das principais marcas do Brasil; considerado um dos cinco brasileiros mais influentes do mundo pelo Financial Times, é embaixador Global da UNESCO; nos anos 1990, revolucionou a propaganda brasileira com a agência DM9 e nos anos 2000, com a Africa, redesenhou o modelo de agência de publicidade; construiu a primeira grande holding de propaganda e marketing do país, colocando o Grupo ABC entre os 20 maiores do mundo. Ambos os autores são maratonistas e triatletas.
Precisamos no mundo atual, mais do que nunca, focarmos em nossa mente. Tantas mudanças, agilidade e cobranças são características de um momento histórico em que temos os maiores ofensores para a saúde mental do indivíduo comum em sua vida cotidiana. As mesmo tempo, há uma grande oferta de medicamentos, drogas em geral, visando esse mercado, o que deveria ajudar, mas que na prática pode piorar tremendamente a situação. Segundo Arthur Guerra, não existe saúde sem saúde mental. Hoje ela está muito mais ligada a bem-estar e qualidade de vida e não somente à ausência de transtornos mentais, como era considerado antigamente. Tem a ver com encontrar uma espécie de equilíbrio interno que nos permita desenvolver habilidades e interesses, lidar com pensamentos e emoções, regulando-os diante das situações e adversidades. Também tem a ver com construir relacionamentos sólidos, participar de maneira ativa da sociedade, ter propósito e bons hábitos de vida. Em outras palavras, significa munir-se de ferramentas próprias para cuidar de si mesmo e da convivência com seu entorno – amigos, família, colegas de trabalho, comunidade – sem causar prejuízo a ninguém. Questões ligadas ao corpo afetam a mente e as emoções. Da mesma forma, transtornos da mente, como ansiedade, depressão e compulsões, além dos casos de abuso de álcool e drogas, causam prejuízo ao corpo. A ideia de que é possível cuidar do bem-estar físico em separado da mente é artificial, não se sustenta na prática.
Quando alguém se dá conta de não levar a vida que gostaria deve, em primeiro lugar, começar a praticar algum tipo de exercício físico. Não existe mente sã em corpo não são. Somos animais racionais e descendentes de homens das cavernas cujos sobreviventes eram os mais qualificados fisicamente, pois eram caçadores, nômades, tinham que correr e fugir de predadores, de tal forma que o físico deveria corresponder a esses desafios. Hoje não precisamos mais fazer nada disso, pelo menos em situações de normalidade, mas a genética nos foi herdada e a atividade física nos ajuda não só a manter a forma como aprender a atingir objetivos e possuir uma qualidade de vida melhor por mais tempo. Sei que muitas pessoas não conseguem encaixar essas ações no seu dia a dia, mas aqui vale relembrar o nome do livro, razão pela qual ele foi assim batizado: Você aguenta ser feliz? Porque para isso é necessário agregar o cuidado físico na sua vida. Estabelecer uma rotina ajuda muito a incorporar hábitos no dia a dia. Definir e seguir horários regulares para as atividades é uma forma de nos educarmos para repetir novas ações até se tornarem naturais. Hábitos são comportamentos construídos ao longo da vida; são ações que, de tanto serem reproduzidas, o cérebro passa a realizar de modo automático, sem esforço. Isso vale para os hábitos bons e os ruins. Segundo Nizan Guanaes, rotina não é prisão, é liberdade. Uma vez que você estabelece uma rotina de ações para atingir sua felicidade, pode deixar a mente livre para incentivar sua criatividade e incorporar também novidades em sua vida.
Outra forma de desenvolver saúde mental é incluir atividades que goste de fazer, que deem prazer. Pode ser um hobby, um curso, um trabalho voluntário, um projeto pessoal – cada um deve escolher de acordo com a própria realidade e seus interesses. O objetivo é manter a mente e o corpo ocupados e, ao mesmo tempo, tornar a rotina mais leve e agradável.
Tudo que você faz pensando em promover mais bem-estar e qualidade de vida para si mesmo é autocuidado. Isso engloba a saúde física e mental, mas também a atenção que damos às relações e à nossa aparência, como tratamos a vida financeira, a vida profissional e todos os demais aspectos que influenciam nossa felicidade. Preocupar-se em fazer bem a si mesmo em primeiro lugar não é uma atitude egoísta, pois quando estamos satisfeitos conosco aumentamos nossa capacidade de ajudar os outros a ficar bem também.
O sono é um sinal de alerta da saúde mental, quanto menos se dorme, ou se dorme por influência de medicamentos, mais danos causamos ao nosso bem-estar. Para quem tem esse tipo de problema, recomendo mais fortemente ainda a leitura do livro. Existe no mundo de hoje um mito sobre o uso do álcool e substâncias para relaxar que só prejudicam a saúde. Não se trata pregar abstinência total, mas com o cuidado para não depender de substâncias externas pensando que elas nos fariam mais felizes; não fazem. Além disso, dedicar-se a algum esporte requer também um cuidado com a alimentação. As quantidades e qualidades de alimentos processados ingeridos atualmente é alarmante e não vão fazer-nos mais felizes a médio e longo prazos. As emoções influenciam nossa alimentação e vice-versa.
Como num projeto, também na vida tudo é uma questão de priorização. Temos que fazer escolhas o tempo todo e aprender a dizer não a muitas coisas boas em nome de um bem maior. Aliado a tudo isso, temos que cultivar bons relacionamentos e desenvolver nossa saúde espiritual. Aprofundar nosso autoconhecimento através de cursos, meditação, procura de um propósito de vida.
Somos seres únicos e somente a conjunção da qualidade física, saúde mental e desenvolvimento espiritual, cada um com seus aspectos peculiares e escolhas individuais, nos farão sermos mais felizes na vida.
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Realmente trata-se de uma proposta de mudança profunda. Haja vista o modelo de vida que felizmente ou infelizmente optamos, ou fomos forçados, pelas circunstâncias, a seguir. Depois dos 60 anos nos resta perdoarnos pelo que fizemos a nós mesmos. Se possível perdoar a quem direta ou indiretamente provocamos algo de ruim e libertamos de pesos conscientes ou inconscientes que eventualmente carregamos em nossa mala de experiência. Em seguida devemos erguer os olhos para o universo e em seguida remodelar nossa existência seus relativos conceitos materiais de felicidade. Feito isso seguir em frente admirando a beleza das flores e das diferenças de formas que elas se apresentam. Importante: sem julgamento. Segue com o firme propósito de sentir o amor para retribuir na mesma frequência de luz que se recebe e sem esperar que as flores retribua o seu amor. São elas que estão reparando os sentimentos de felicidade que precisamos aprender ou reaprender.