Você sabe escutar?

A boa comunicação é uma das competências mais valorizadas nos dias de hoje. Ela requer saber se expressar adequadamente, ter clareza na fala e saber usar a língua a seu favor. Mas, não é só. A boa comunicação também requer uma dose significativa de empatia para interpretar bem o interlocutor e um outro elemento fundamental: saber escutar para entender a mensagem que está sendo transmitida.

Profissionalmente, a escuta ativa pode ser uma excelente maneira de melhorar o seu entendimento de mercado e o relacionamento com os clientes, fornecedores e colegas, inclusive, tornando o ambiente de trabalho mais sadio. Na vida pessoal, ela é fundamental para entendermos o outro e sabermos agir em prol de um relacionamento saudável e duradouro.

Durante os processos de comunicação, é comum não absorvermos as informações expressas pelo interlocutor, ora pelo excesso de conteúdo apresentado, ora pela falta de concentração ou dificuldade de analisar e interpretar o que realmente está sendo dito.

Ouvimos tudo o tempo todo. Agora mesmo posso ouvir o apito do trem que passa, o cachorro que late, o vento que sopra mais forte, o canto do pássaro, alguma criança que chama a mãe, o agito da máquina de lavar, o alerta do celular sobre uma nova mensagem. Não existe silêncio na cidade e, talvez, em lugar nenhum. Ouvimos muito, mas escutamos pouco. Mesmo quando alguém fala, ouvimos, mas dificilmente escutamos. Não são sinônimos? Qual a diferença?

Ouvir é um processo mecânico de nosso sentido da audição; é automático e não pode ser evitado, desde que tenhamos o aparelho auditivo funcionando adequadamente. Escutar é mais que ouvir, é prestar atenção no outro e no que ele quer transmitir, é entender o que se ouve.

Uma das características de nossa época é não haver tempo para darmos atenção plena aos outros e, portanto, de escutar o que dizem. É comum respondermos e-mails do trabalho ao almoçarmos ou jantarmos com alguém, ou olharmos as redes sociais enquanto brincamos com os filhos, só para dar alguns exemplos.

Em seu artigo “Saiba Escutar” para a revista Vida Simples número 237, Gustavo Ranieri pondera que “a escuta ativa está intrinsicamente relacionada ao estado de presença”. Neste texto, o autor pondera que “trocar o modo desatenção pelo de atenção pode não ser um exercício simples; necessita de empenho, ainda mais em um mundo no qual somos afogados em milhares de informações irrelevantes nos convidando à distração permanente”.

Sem escutarmos com a devida atenção, não poderemos responder de forma adequada. Quantas vezes você é interrompido em uma fala com uma resposta pronta ao que está dizendo, sem nem mesmo poder concluir seu pensamento. Devemos avaliar se não fazemos a mesma coisa quando estamos na posição inversa.

Segundo o blog Rock Content, existem alguns itens a considerar se quisermos desenvolver a nossa escuta ativa, dos quais destaco os seguintes:

  • Evitar distrações no momento do diálogo. Afastar-se de mensagens no celular, de outras conversas, de telefonemas e ter foco no que se está ouvindo para garantir que a maior parte das informações sejam absorvidas.
  • Não ser seletivo ao ouvir o que o outro tem a dizer. Algumas vezes, selecionamos “o que nos interessa num discurso”, simplesmente ignorando todo o restante, o que pode truncar ou até mudar o sentido da mensagem a ser absorvida. Pré conceitos devem ser evitados assim como perspectivas pessoais e posições ancoradas. Se não deixarmos o outro se expressar, não teremos argumento para contra-argumentar ou mesmo, mudar nossa opinião.
  • Dar ao seu interlocutor o tempo necessário para a comunicação. Cada um tem seu ritmo, respeitar o tempo de fala do interlocutor, sem acelerações, é primordial para bem entender seu posicionamento. Fazer isso é mais difícil do que parece e, inclusive, a forma de se expressar e a linguagem não verbal oferecem um contexto sobre a mensagem a ser captada.
  • Fazer contato visual. É importante que o interlocutor sinta o interesse no que está sendo dito. Sua linguagem não verbal também auxilia a deixá-lo confortável neste aspecto.
  • Fazer perguntas. Questionar as dúvidas no momento adequado ajuda a garantir o entendimento do que se está ouvido e pode animar o interlocutor.
  • Ser empático. Se colocar no lugar do outro ajuda no entendimento da mensagem e propicia um bom diálogo, mesmo que não concordemos com toda a argumentação.

Praticar a escuta ativa é algo no qual podemos nos aperfeiçoar, desde que estejamos atentos a alguns princípios. É preciso aprender a desenvolver um interesse genuíno no que está sendo dito, se envolver verdadeiramente na conversa e evitar distrações que impeçam a absorção de informações e conteúdos relevantes.

Esse aspecto da comunicação nos ajudará a torná-la mais clara e efetiva, contribuindo para um ambiente com menos desentendimentos, menos conflitos e maior confiança entre os interlocutores, mesmos que possamos não concordar em todas as mensagens.

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