O que é empatia para você? Ela é uma competência importante nos nossos dias?

Nestes tempos de pandemia ouvimos falar muito de empatia, sendo esta apresentada como uma das armas para vencermos o vírus. Mas, o que seria de fato empatia, qual sua importância e como fazer para desenvolvê-la?

Você já se emocionou ao assistir um filme e ver o sofrimento de alguém? Já sentiu alegria quando o personagem ficou feliz no final? Quantas vezes não nos comovemos com cenas do cinema! Estamos nos colocando no lugar daquela pessoa e sentindo o que ela está sentindo: isto é empatia. Mas, não basta ter essa habilidade no contato com a ficção, é preciso utilizá-la na realidade.

Tudo começa porque somos seres humanos, ou seja, seres sociais que precisam uns dos outros para viver. Nós crescemos como indivíduos por meio da conexão, sendo a empatia importante na vida a dois, familiar, profissional e social em geral, ao criar e a fortalecer os relacionamentos.

A palavra vem do grego, empátheia, significando “entrar no sentimento” e foi um termo utilizado inicialmente por teóricos da estética para designar a capacidade de perceber na arte a experiência subjetiva de outra pessoa.

Pela definição do próprio dicionário, empatia é a ação de se colocar no lugar do outro, buscando agir ou pensar da forma como ele pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias. É a aptidão para se identificar com alguém, sentindo seus sentimentos, desejando o que ele deseja, aprendendo da maneira como ele aprende. Psicologicamente falando é a identificação de um sujeito com outrem; quando alguém, através de suas próprias especulações ou sensações, se coloca no lugar de outra pessoa, tentando entendê-la.

Trata-se, segundo Daniel Goleman, uma das ferramentas da inteligência emocional, competência apontada por vários estudiosos e pelo Fórum Econômico Mundial como fundamental ao trabalho no presente e no futuro. Ser uma pessoa empática possui estreita relação com entender nossos próprios sentimentos e ter uma compreensão mais ampla do mundo que nos rodeia.

A empatia tem íntima vinculação com o envolvimento humano na medida em que preconiza ser a dor do outro nossa também. Estudos constataram ser ela o que falta aos molestadores e sociopatas, pois não conseguem sentir as emoções das vítimas do mal praticado, o que não lhes permite se arrepender de seus atos.

No ambiente profissional é competência primordial: as pessoas com habilidades empáticas se dão melhor em trabalhos em equipe. Além disso, é um dos fatores de sucesso para as lideranças: ajuda a inferir o estado emocional, os pensamentos e as prováveis atitudes dos demais, o que torna mais fácil desenvolver relações saudáveis e tomar decisões benéficas a si mesmo, à equipe e à empresa como um todo.

Pessoas mais empáticas tendem a ser mais altruístas e ajudar os outros quando percebem sua necessidade. Pacientes julgam ser mais bem atendidos quando são tratados por profissionais de saúde mais empáticos, por exemplo. Deve-se, no entanto, saber que para algumas pessoas, o excesso de empatia pode ser um fator negativo quando as impede de “desligar” do problema do outro para poder viver sua vida e realizar suas atividades. Certa dose de blindagem nesses casos deve ser utilizada.

A empatia é um sentimento explicado neurologicamente: há no nosso cérebro uma região denominada espelho, ativada quando nos sensibilizamos com algo que ocorre a outrem. A atividade desta região se parece muito com aquela gerada caso estivéssemos passando nós mesmos por aquela experiência. Os bebês já mostram empatia quando reagem ao choro de outra criança como se a causa fosse consigo, querendo levar-lhe consolo.

Tudo isso confirma sermos seres empáticos por natureza, mas na era do individualismo (por que não dizer do narcisismo), esta competência rareou-se. Você já percebeu como as pessoas são radicais e muito pouco empáticas nas discussões em redes sociais? Hoje, a maior parte das interações ocorre de forma impessoal, dificultando o relacionamento humano e a consequente concretização da empatia, tornando-a uma habilidade ao mesmo tempo escassa e preciosa nos âmbitos pessoal e profissional.

A neurociência ensina, ainda, que a empatia pode ser aprendida e desenvolvida porque nosso cérebro tem a característica de se adaptar às novidades quando estimulado. Para quem deseja evoluir nesse quesito, existem algumas técnicas.

Uma das opções é ler livros de ficção ou assistir filmes, por nos colocar no lugar dos personagens e, através da troca de papéis, permitir vivenciarmos novas experiências fora de nossa realidade, fornecendo-nos outros pontos de vista. O exercício da interpretação é outra forma de se abrir para o universo do outro, podendo ocorrer através do teatro ou de dinâmicas de grupo, que apresentam situações de vivência nas próprias empresas, como se colocar no lugar do cliente em dadas circunstâncias.

A prática diária de empatia com colegas, subordinados, superiores, parceiros e clientes permitirá seu maior desenvolvimento ao se avaliar o impacto de cada decisão ou ação nos diferentes públicos com os quais nos relacionamos. Para isso, é pré-requisito deixar de lado o julgamento, visando verdadeiramente entender os motivos do outro através de sua perspectiva de vida oriunda de seus valores e experiências pessoais. Respeitar e entender a diversidade são formas de empatia.

Duvide de suas certezas, permita-se avaliar posicionamentos diferentes, se abrir a novos argumentos. A pessoa que se julga estar sempre certa é aquela menos empática de todas. Saber que não existe certo ou errado, mas pontos de vista diversos ajudam a entender o comportamento do outro, isto não quer dizer necessariamente que devamos concordar com eles, mas sim compreendê-los. Por vislumbrar um leque de opiniões e atitudes, a empatia também ajuda na criatividade.

As emoções das pessoas raramente são expressas em palavras. A chave para que possamos entender os sentimentos dos outros está em nossa capacidade de interpretar canais não verbais: o tom da voz, gestos, expressão facial e outros sinais. O maior ferramental para o aprofundamento da empatia é a escuta ativa, a qual nos permite perceber não só o que o outro está dizendo, mas observar todo o contexto para compreender suas ações e emoções. Concentrar-se nas posições em comum e não focar nas divergentes pode ajudar neste processo.

Se os líderes mundiais tivessem mais empatia e tomassem decisões considerando também este fator viveríamos em um mundo melhor para a grande maioria das pessoas.

Aquela máxima “faça aos outros o que gostaria que fizessem a você” deve ser reescrita à luz da empatia para “faça aos outros o que eles gostariam que fizesse a eles”. A grande diferença da primeira para a segunda é que nesta última calçamos o sapato do outro e verdadeiramente nos colocamos no seu lugar, entendendo sua real necessidade.

“No mundo atual, não basta ser inteligente, esperto e preparado para competir. É preciso ter calma, empatia e persistir diante das frustrações para conseguir viver bem no amor, ser feliz com a família e vencer no mercado de trabalho.” Daniel Goleman.

Quer se conhecer melhor para potencializar sua inteligência emocional através da empatia?

Marque uma conversa.

hg@humanagente.com.br

whatsapp: (11) 99851-1275

Related Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

© Todos os direitos reservados