Você se comunica bem?

Mesmo numa sociedade influenciada pela revolução digital, temos que reconhecer a importância da comunicação nos relacionamentos interpessoais, fundamentais no presente e no futuro, pois nossas habilidades humanas nos diferenciarão das máquinas. Nesse contexto, não basta saber se expressar, é preciso ser capaz de aprender e interpretar o que os outros têm a dizer.

Quando falamos de comunicação, nos referimos a toda troca de informações entre indivíduos, o que contempla o domínio da fala, a escrita, a expressão corporal, a escuta, a leitura e a observação. A comunicação interpessoal também se realiza por meios tecnológicos modernos, como SMSs, e-mails, fotos, vídeos, mensagens instantâneas de aplicativos, dentre outros e todos cuidados também devem ser considerados nesses tipos de interação.

Uma boa parte dos desentendimentos entre pessoas são provenientes de ruídos nas comunicações.  Os indivíduos carregam sua personalidade, história, julgamento no momento da interação com os demais. A mensagem pode significar muito mais do que é dito e a forma com que o outro a recebe pode não ser a desejada.

Por incrível que pareça, uma das atitudes fundamentais para a boa comunicação é saber ouvir, praticar a escuta ativa. Somente entendendo o contexto no qual o outro está inserido poderemos entender sua mensagem e quanto mais ouvimos, mais percebemos o sentido verdadeiro do que está sendo transmitido. Saber ouvir é escutar seu interlocutor sem interrompê-lo e se esforçar para entender sua mensagem. Para ser um bom ouvinte, fique atento a não cair em algumas armadilhas:

  • Achar que já conhece as pessoas de sua vida. Quanto mais próximos somos de uma pessoa, menor a probabilidade de ouvi-la com cuidado. Há uma tendência inconsciente de não prestarmos mais atenção, porque achamos que já sabemos o que ela tem a dizer. Trata-se do viés da comunicação próxima, pelo qual o entendimento entre indivíduos do convívio habitual chega a ser pior do que aquele entre estranhos. A consequência é que eles perdem a vontade de dividir experiências e se relacionar plenamente com seus interlocutores.
  • Não ter curiosidade de entender. A maioria dos indivíduos não ouve com intenção de entender, mas com intenção de responder.
  • Ter uma reputação para defender. Da mesma forma que acreditamos conhecer o outro, achamos que já nos conhecemos. Temos uma imagem fixa de nós mesmos e, toda vez que essa imagem é ameaçada, tentamos defendê-la ao invés de ouvir. Prestar atenção no outro nos permite avaliar uma posição diferente a respeito de nós mesmos para depois chegarmos a conclusão do porquê. É preciso abandonar a mentalidade de querer estar certo, porque assim só alimentamos uma ilusão de que nos relacionamentos, alguém tem que ganhar e alguém tem que perder. Segundo William Ury, o segredo é suspender sua ação quando quiser revidar, ouvir quando quiser rebater, perguntar ao invés de forçar suas respostas, criar pontes ao invés de impor seu jeito.
  • Não se escutar e, por isso, não escutar o outro. Interromper, julgar, se sentir ofendido, rebater, se defender são reações que nos impedem de ouvir. São atividades de nosso ego repetidas tantas vezes, que elas acabam se tornando inconscientes. Prestar atenção em suas próprias reações para entender o porquê e trabalhar a inteligência emocional visando ouvir e entender mais.

Outra dica para a comunicação efetiva é pensar antes de falar e escrever. Existem muitas formas de transmitir uma mensagem e usar o cérebro antes de falar, pode eliminar muitos desentendidos. Lembre-se que as palavras importam e têm poder de alegrar, consolar, ferir, dentre outros.

Também é preciso mostrar-se interessado no seu interlocutor, atentar-se a sua mensagem, para depois exigir o mesmo. Responder com consideração, educação e olhar nos olhos de quem se conversa é um bom começo. É essencial não demonstrar linguagem corporal de maneira negativa, já que a primeira impressão quase sempre permanece. Uma comunicação consiste em mais de 50% de linguagem não verbal e, sendo assim, é necessário tomar cuidado e analisar seus gestos, comportamentos e atitudes. 

Seja uma pessoa interessante, o que significa ter repertório para agregar valor às discussões e ser ouvido autenticamente. Leia mais e se informe com fontes confiáveis. Tenha pensamento crítico. Mas, cuidado: não podemos saber e ter opinião sobre tudo. Fale mais sobre o que sabe e escute mais sobre o que não sabe. Tenha dúvidas, pergunte e aceite feedbacks.

Se não tiver algo construtivo a dizer, não diga. Isso não implica que a notícia deva sempre ser boa, até uma crítica pode agregar valor. Às vezes, o silêncio vale mais que mil palavras.

Em todas as ocasiões, mas particularmente no ambiente de trabalho, a comunicação interpessoal deve ser feita de modo claro e direto para gerar transparência e contribuir para a produtividade. A excelência na comunicação interpessoal é fator fundamental para o sucesso de líderes, profissionais, equipes e empresa, uma vez que ela evita conflitos e dispêndios inúteis de energia gerados por má interpretação.

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