Você sabe lidar com gente?

No mundo do trabalho, mesmo se considerarmos os cargos mais técnicos, não vivemos isolados, interagimos com clientes, fornecedores, colaboradores, funcionários, supervisores, colegas. Na vida pessoal, convivemos com cônjuge, filhos, pais, parentes, amigos, vizinhos. Desta forma, não podemos fugir de uma realidade: temos que saber lidar com gente.

Relacionar-se com pessoas não é fácil, dado não haver fórmulas exatas: cada indivíduo possui características próprias definidas por crenças, comportamentos, valores, história de vida, virtudes e defeitos, que o torna único e diferente de todos os demais.

Já falei em post anterior sobre a importância da qualidade dos relacionamentos interpessoais. Retorno sobre esse tema, que vale ser explorado de vários ângulos.

Por incrível que pareça a premissa básica para termos bons relacionamentos interpessoais é o autoconhecimento. Se você não se conhece e não sabe lidar consigo mesmo, como pode querer conviver bem com o outro? Se internamente estamos bem-resolvidos com nossas questões pessoais e profissionais, nossas relações exteriores tendem a ser melhores. Por outro lado, quando algo não vai bem e sofremos de algum tipo de dor emocional podemos refletir este mal-estar na forma como tratamos as outras pessoas. Muitas vezes, este desconforto pode revelar atitudes negativas, agressivas e intransigentes.  Não é por acaso que vemos líderes e colegas de trabalho que, por conta de seus problemas pessoais, às vezes, acabam tratando com rispidez todos com quem se relacionam em seu dia a dia, ou vice-versa: pessoas que levam seus problemas do trabalho para os relacionamentos da vida pessoal, danificando-os.

Conforme já mencionado, não há receita mágica para a construção de boas relações entre pessoas, pois cada ser é único, mas pode-se enumerar algumas atitudes que ajudam a desenvolvê-las de forma saudável:

  1. Tenha respeito para com os outros. Se tivesse que dar apenas um conselho sobre como viver bem com gente, seria este. As pessoas têm opiniões diferentes e divergência de valores diante das várias situações que a vida nos apresenta. A primeira regra de boa convivência é o respeito. Você pode discordar de outrem, mas deve sempre respeitar sua posição. Tratar pessoas como gostaria de ser tratado é uma boa dica. Além disso, levar em conta que a diversidade de ideias agrega valor à relação.
  2. Tenha uma atitude de protagonista. Seja a figura principal de sua existência, não esperando que o destino ou a outra pessoa cuide de você. Quem costuma colocar a responsabilidade por seus fracassos no outro, não pode ter bons relacionamentos pois irá gerar conflitos e ressentimentos.
  3. Seja empático. A empatia é a habilidade de se imaginar no lugar de outra pessoa, compreendendo seus sentimentos, desejos, ideias e atitudes. Com ela é possível avaliar o impacto de cada decisão ou ação nos diferentes públicos com os quais nos relacionamos. Não é necessário que se concorde com a posição do outro, mas é fundamental que se entenda seus motivos.
  4. Pratique a escuta ativa. Pare para ouvir o que o outro tem a dizer. Processe antes de responder. Aceite a possibilidade de haver pensamentos válidos diferentes do seu.
  5. Mantenha uma e atitude positiva. Quem quer construir algo em conjunto deve pensar no bem maior, se mostrando receptivo e trabalhando para o bem comum. Os relacionamentos saudáveis não são um jogo onde um perde e o outro ganha, mas um processo ganha-ganha: cada um deverá ceder um tanto e se impor um tanto.
  6. Esteja aberto a críticas e feedbacks. Crescemos aprendendo com os erros e o que melhor para isso do que ouvir a opinião do outro a nosso respeito? Obter outras perspectivas é uma forma de aumentar seu autoconhecimento e evoluir com críticas.
  7. Estabeleça limites. Uma relação será mais rica se ambos os lados souberem dar e receber. Deve-se estar atento para evitar relacionamentos tóxicos nos quais a ausência de limites leva a criação do “aproveitador” por um lado e do eterno “doador” do outro.

Todos esses pontos contribuem para o avanço de nossa inteligência emocional e, consequentemente, nossa habilidade em lidar com pessoas.

As competências de relacionamentos interpessoais não somente são fundamentais no mundo de hoje, como continuarão a sê-lo no futuro. Como apregoa o futurista Gerd Leonhard, “Tudo que puder ser digitalizado ou automatizado, será! O que não puder ser digitalizado ou automatizado se tornará extremamente valioso: criatividade, imaginação, intuição, emoção e ética.“. Nossas competências tipicamente humanas, embasadas nos relacionamentos interpessoais, serão o ouro do futuro.

Quer aumentar a qualidade dos seus relacionamentos interpessoais?

Marque uma conversa.

hg@humanagente.com.br

whatsapp: (11) 99851-1275

Related Posts

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

© Todos os direitos reservados