Suas emoções: Você comanda ou é comandado por elas?

O que define o sucesso profissional de alguém?

Muitos acreditam ser o coeficiente de inteligência (QI), ou seja, a aptidão intelectual de cada um. O QI é medido por um teste de habilidades matemáticas, lógicas e espaciais, o qual avalia nossa capacidade cognitiva e é fomentado pelo que aprendemos na educação tradicional. Nossas capacidades técnicas são traduzidas neste tipo de inteligência, a racional. Ela contribui para realizarmos vários tipos de desafios, como: a entrada numa escola, numa empresa, o aprendizado de uma nova atividade, a resolução de problemas técnicos, entre outros.

Mas, será apenas esse fator o determinante para alguém ser considerado vencedor em sua carreira ou, até mesmo, na vida pessoal?

Estudos recentes mostram ser o QI responsável apenas por 20% das chances de sucesso de um indivíduo, sendo que nos demais 80% devemos considerar fatores como: classe social, condições de estudo e aprendizado, o acaso e a inteligência emocional. Características como autocontrole, zelo, persistência e a capacidade de automotivação são aspectos desse tipo de inteligência ou do coeficiente emocional (QE).

Esses dois coeficientes não são mutuamente exclusivos ou antagônicos, mas complementares. Portanto, podemos nos desenvolver nos dois aspectos: o racional e o emocional.

O conceito de inteligência emocional foi primeiramente explorado pelos pesquisadores Peter Salovey e John Mayer, segundo os quais ela é a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, bem como saber regulá-la em si próprio e nos outros.

Biologicamente falando a emoção é o conjunto de reações ocorridas no nosso corpo a partir de um estímulo. A emoção é uma espécie de proteção ao indivíduo e a Neurociência explica ser ela fundamental à nossa sobrevivência. Não necessariamente temos culpa sobre o que desencadeia uma emoção, mas somos responsáveis em como ela agirá em nós e como reagiremos a ela.

Podemos resumir definindo a inteligência emocional como a competência para lidar com as emoções, ou seja: identificar, perceber e gerenciar nossos sentimentos. É o prolongamento entre o impulso e a ação.

O Fórum Econômico Mundial considera ser essa uma das habilidades indispensáveis ao profissional do futuro e a traduz como:

  • Ser sensível às necessidades e sentimentos dos outros;
  • Ser compreensivo e útil no trabalho;
  • Ser agradável com os outros e demonstrar uma atitude cooperativa e de bom humor;
  • Preferir trabalhar com os outros, em vez de sozinho, e estar pessoalmente conectado com os outros no trabalho;
  • Estar ciente das reações dos outros e entender por que eles reagem como reagem.

Um dos maiores estudiosos no assunto, o psicólogo americano Daniel Goleman, considerado o pai da inteligência emocional, estabeleceu estar ela firmada em 5 pilares: autoconsciência, autorregulação, automotivação, empatia e habilidades sociais, aspectos esses a serem observados se quisermos desenvolver nosso QE:

  1. Autoconsciência: entender seus sentimentos; conhecer as próprias emoções; conhecer-se a si mesmo. Saber como reage aos estímulos, ou seja, quais emoções afloram dado um acontecimento. As pessoas mais conscientes tendem a ser o piloto de suas vidas e administram melhor seu lado emocional. Quando somos incapazes de reconhecer nossos sentimentos, ficamos à mercê deles. As decisões tomadas e as ações executadas a partir de emoções inconscientes podem ser desastrosas e surpreendentes até mesmo ao próprio sujeito.
  2. Autorregulação: conseguir lidar com as emoções. Saber se conter ou amenizar reações visando poder escolher a melhor resposta à determinada situação. Como se estabilizar, se reequilibrar após uma ação adversa trazer ansiedade e tristeza? Trata-se de ter a frieza para parar e analisar todo o cenário. O objetivo final é o equilíbrio e não a supressão da emoção, ou seja, termos a emoção na dose certa e não algo que sequestre totalmente a razão.
  3. Automotivação: motivar-se; extrair entusiasmo e prazer nas coisas que realizamos. Utilizar o foco, o controle e a criatividade para canalizar as emoções visando o alcance de um objetivo maior. Saber adiar satisfações e conter impulsividades a curto prazo são a chave para conseguirmos realizar nossos sonhos a longo prazo.
  4. Empatia: reconhecer as emoções nos outros; reconhecer os motivos das ações e sentimentos dos outros. Não julgar, mas entender suas razões para, então, realmente avaliar suas necessidades.
  5. Habilidades sociais: saber lidar com relacionamentos. Não basta reconhecer as emoções dos outros; é preciso saber lidar com elas; usar essa habilidade para definir sua reação ao outro.

Em cenários de incerteza, cada vez mais apresentados no mundo moderno, a inteligência emocional adquire um papel essencial por permitir a avaliação e escolha de ações estratégicas a cada desafio, tornando-nos mais ponderados e sensatos.

Já dizia o pai da administração moderna, Peter Drucker: “As pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos”. Podemos traduzir, levando em conta nosso contexto: As pessoas são contratadas por seu QI, mas são demitidas pelo seu QE.

As lideranças mais motivadoras são as possuidoras de uma inteligência emocional bem desenvolvida, pois sabem compreender e lidar melhor com seu pessoal.

Para finalizar, vale lembrar, como nos ensina Douglas Giglioti, estudioso e professor de Inteligência Emocional: “Uma vida perfeita, não é uma vida sem problemas, é uma vida na qual sabemos lidar com os problemas, administrando nossas emoções.”

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